O Vento Dança
- ciclopoetica
- 12 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de mar.

Como uma semente que encontra terra fértil, o poema 'O Vento Dança' brotou do silêncio e da sensibilidade de Divina. Cada verso é um convite a desacelerar, a se conectar com a própria essência e a celebrar a beleza da vida. Permita-se ser tocado por essa poesia que pulsa liberdade e transformação.
E para que a experiência seja ainda mais completa, convidamos você a mergulhar na história da Divina através das imagens que acompanham este poema. Cada fotografia é um portal para os momentos de dança, yoga e conexão com a natureza que inspiraram seus versos. Deixe-se levar pela beleza das cenas, capturadas em cenários que vão desde o movimento no palco até a espiritualidade da Índia, e sinta a alma da Divina pulsar em cada imagem.
Poema de Divina Nunes

Divina Nunes é Administradora de Empresas (UFU), Pós Graduada em Marketing e Gestão Ambiental. Estudante e Professora de Yoga, Dançarina e admiradora da arte, poesia e música. Viajar e estar perto da natureza são essenciais para sua alma. Se inspira profundamente na vida e na obra dos grandes sábios(as) e santos(as).

Convite à experiência estética
Deixe que a música Iluminar, de Porangui, envolva seus sentidos. Respire, sinta o ritmo pulsar em seu corpo e abra-se para a dança das palavras. Permita que som e poesia se entrelacem, guiando você a uma experiência sensorial mais profunda.
Agora, leia com o coração descansado. ✨
O vento dança
Baila nas folhas e galhos.
Parece me dizer algo.
Sinto que ele fala,
sussurra o som das fadas,
da magia e do encanto.
Olho para o céu
e, lendo essa narrativa,
me conecto:
comigo,
com nossa essência,
com tudo que é natural,
com o pulso da vida.
Como posso me afastar
da mulher selvagem?

Como me permito encarcerar a vida criativa?
Sou alma livre.
Sou terra, ar,
sou água, fogo e éter.
Onde está a vibração
que faz gemer o corpo
e ecoar no universo
o grito da liberdade?!
Sim, eu quero, eu posso!

Nas entranhas da terra brota vida incessantemente.
Essa mesma força
está latente dentro de nós.
O fogo da vontade emerge,
aquece, queima e transforma.
A semente brota
e busca a luz.
Que o Sol me chame,
me busque,
me abrace com seus raios infinitos
e me faça emergir
das profundezas do meu ser.

Nasce e renasce,
sempre... all the time.
Não há tempo a perder.
São cinquenta anos querendo eclodir.
A lagarta vira borboleta:
não pode morrer dentro de um casulo.
Ela vai lutar,
espernear, rugir, gritar
e unir todas as suas forças
para um grande renascimento...

Que o jardim, as flores,
as kokedamas,
o vento, as cores
e os bichos da natureza
comunguem comigo, com a gente...
com a alma.
É urgente: a alma grita.

Eu quero
Tudo que eu puder ser...
Eduardo Calil
(Padre da Diocese de Uberlândia)
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