O sonho se concretizou. As ideias e as imagens estão aí, dentro de uma caixinha chamada livro. A experiência de escrever um livro é revolucionária. Agora, estou apreciando o momento de fazer dedicatórias. As dedicatórias nos livros vão além das etiquetas de cordialidades e simpatia. Elas são estimadas tanto por quem recebe, quanto por quem escreve.
Entregar um livro de nossa autoria para amigos, familiares e até mesmo para pessoas desconhecidas, é uma alegria enorme. Compartilhar o nosso trabalho e receber o carinho e reconhecimento generoso das pessoas é realmente muito gratificante.
Sabe…
Entregar um livro é uma coisa. Entregar um livro com dedicatória, ramos de jabuticabeira e laços de cordinhas é outra coisa. Amo adornar as coisas que faço. Adorno com o simples, com o não usual. Esse gesto agrada quem recebe e ainda resgata a simplicidade tão cativante e, ao mesmo tempo, esquecida.
O cuidado, com as dedicatórias, levou-me a observar um fenômeno muito interessante. Quando a pessoa chega para receber o seu livro ela pede, gentilmente: "quero com dedicatória". Isso é amorosidade pura.
Suponho que não se trata apenas de receber um livro. Trata-se de receber uma dedicatória e isso significa receber uma aspiração. Considero esse momento auspiciosíssimo.
As breves e poucas palavras, na dedicatória, falam mais que um olhar, falam mais que o próprio encontro. Porque ali, o autor dedica ao seu leitor uma aspiração; um desejo de que ele possa também se inspirar e ficar bem; ser feliz; encontrar o seu caminho; conectar-se com o seu talento; entregar-se ao seu momento de descanso com frescor e paz.
A dedicatória é um breve espaço de tempo raro, silencioso, entre o leitor e o escritor que se eterniza na obra, logo ali nas primeiras páginas.
Tenho livros que abro apenas para ler as dedicatórias. Apenas isso... Não sei você, mas tenho esse hábito. Considero importante para as minhas memórias afetivas reler as dedicatórias nos meus livros. Rever os votos, de pessoas queridas, me conecta a uma postura e vibração de alegria e gratidão.
Com as dedicatórias os livros passam a ter outro valor. O livro passa a ser um objeto de afeto, único, com um sentido a mais e carregado de apreço e estima mútua.
Um abraço afetuoso
Namaste!
Silvia Sant'Ana
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